sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sobre o VLT

Boa tarde,
Tentei entrar em contato diretamente com o Conselho Comunitário da Asa Sul mas não consegui o e-mail deles.
No site do CCAS eu consegui o mail de vocês e preferi fazer logo o contato na esperança de vocês falarem com a Sra. Eliete.
Acompanhei a entrevista dela na rádio CBN em relação às dúvidas envolvendo o VLT e tenho umas observações a fazer em relação ao material que serviu como base à licitação:
  • não há detalhamento paisagístico quanto às espécies que serão utilizadas para a rearborização da W3. O sistema de alimentação do VLT é aéreo e o espaço para o plantio de árvores é mínimo o que traz sérias dúvidas quanto a real viabilidade de haver uma nova vegetação ali tampando a fiação. O estudo paisagístico teria q ser minucioso para a escolha de espécies com sistema radicular que não quebre os trilhos, ou seja, profundo, assim como uma copa alta, por cima da fiação. Só que até as árvores crescerem para ficarem por cima dos fios, haverá um momento que as copas estarão interferindo diretamente com a fiação. Nada disso está pensado nem detalhado no material que embasou a licitação.
  • outro ponto importante é que não há efetivamente estudos detalhados de tráfego diante da supressão dos retornos da avenida W3, tudo está sendo feito a toque de caixa, sem tempo hábil para os técnicos darem soluções condizentes com a complexidade do tema. A simples inversão da mão da W2 sem que haja um alargamento e ampliação da faixa de vagas não vai dar conta do tráfego de quem quer fazer os retornos;
  • também não há detalhamento quanto ao desnível das duas faixas de rolamento da W3. As estações estariam alinhadas pelas faixas de cima (sentido norte-sul) e então haverá muretas ao longo das estações, nas faixas de baixo (sentido sul-norte). Os projetos de arquitetura das estações não estão detalhadas, há somentes indicações genéricas de como a coisa se dará
  • por fim, o licenciamento ambiental do VLT não existe. Há o licencimento do Brasília Integrada, do qual o VLT não fazia parte, que continha em seu lugar um corredor de ônibus na W3. O VLT foi incluído no Brasília Integrada, substituindo o corredor de ônibus e não houve reestudo do licenciamento ambiental.
Como podem ver são várias questões que estão sendo deixadas de lado diante da pressa de se construir, por pressão de prazos do BID, da Copa do Mundo, etc, e o cidadão brasiliense tem que estar sabendo o que anda acontecendo nos bastidores. Houve análises dessas questões por comissão do MPDFT, MPF/PGR e Iphan.

Seria bom os movimentos de moradores do Plano Piloto irem atrás disso e haver divulgação na imprensa
Conselho de moradores residentes na Asa Norte, onde a democracia, a participação e o espírito comunitário norteia suas ações!